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Escoliose idiopática

Fotos de cirurgias reais, originais de autoria do Dr. Barsotti.

Considerada o tipo mais comum de escoliose, representando cerca de 80% dos casos em que a deformidade se manifesta, a escoliose idiopática é caracterizada pelo desvio lateral da coluna sem causa definida. Isso significa que não é possível identificar o fator que levou ao desenvolvimento da curvatura anormal da coluna, embora a hereditariedade seja apontada como um agente significativo.

A escoliose idiopática geralmente começa a se manifestar na adolescência, quando a taxa de crescimento do corpo é mais rápida, o que aumenta o risco de progressão da curva. Meninas e meninos podem ser afetados, embora a probabilidade de o problema evoluir com necessidade de tratamento seja significativamente maior entre pessoas do sexo feminino.

O que causa a escoliose idiopática?

Conforme foi explicado, a escoliose idiopática não possui causas definidas, embora possa sofrer influência de alguns fatores como a genética, melatonina e existência de anomalias em fibras musculares. Os principais aspectos que influenciam na progressão da curvatura são o grau de maturidade esquelética e o ângulo da curva apresentada: em geral, quanto maior o ângulo e menor a maturidade óssea, mais a escoliose se desenvolverá.

A escoliose idiopática pode ser subdividida em quatro tipos, sendo eles:

  • Escoliose idiopática infantil: se desenvolve até os 3 anos de idade;
  • Escoliose idiopática juvenil: entre os 4 e 9 anos;
  • Escoliose idiopática adolescente: dos 10 anos até a maturidade óssea;
  • Escoliose idiopática em adultos: a partir dos 18 anos.

Sinais clínicos e diagnóstico

No caso de crianças e adolescentes, a escoliose idiopática não tem sintomas visíveis até que a curva progrida significativamente, o que pode fazer com que o quadro demore a receber o tratamento adequado. A primeira suspeita da alteração geralmente é identificada pelos responsáveis pela criança, que notam um ombro mais elevado que o outro ou o desalinhamento das roupas.

Outros sinais clínicos que podem indicar a presença de uma curvatura anormal na coluna são:

  • Cintura desigual;
  • Quadris assimétricos;
  • Escápula mais pronunciada em apenas um dos lados do corpo;
  • Costelas em alturas diferentes;
  • Pernas que aparentam ter tamanhos diferentes entre si.

Dependendo do caso, o paciente pode apresentar também dores musculares de intensidades variadas, sensação de fadiga nas costas e cansaço na região lombar após ficar muito tempo sentado ou em pé.

O diagnóstico da escoliose idiopática é realizado da mesma forma como ocorre a identificação dos demais tipos de escolioses, devendo ser feito por um médico ortopedista especializado em coluna. Este profissional se responsabiliza por fazer um exame clínico minucioso do paciente e solicitar exames de imagem para confirmar a presença do desvio e determinar o grau da curvatura.

Os principais exames solicitados são a radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. É muito importante que seja realizada a radiografia mesmo nos casos em que é possível visualizar a curvatura apenas observando a postura do paciente, pois o exame permite que o ortopedista enxergue claramente como está a coluna e como a alteração afeta o restante do organismo.

Como é o tratamento da escoliose idiopática?

O paciente que apresenta escoliose deve ser acompanhado por um ortopedista especializado em coluna, mesmo no caso de crianças. É muito comum que nesses casos os responsáveis pelos pacientes mais jovens procurem um ortopedista pediátrico em vez de um profissional específico para a escoliose, o que pode fazer com que a doença seja negligenciada e progrida rapidamente.

O tratamento mais adequado para escoliose idiopática depende de diversos fatores, e deve sempre respeitar as características individuais do paciente, respeitando seu corpo e priorizando sua qualidade de vida. As abordagens conservadoras sempre serão as primeiras opções, especialmente no caso de crianças e adolescentes. O intuito é impedir que o desvio continue evoluindo e cause mais prejuízos ao indivíduo.

Em geral, o tratamento da escoliose começa com uso de um colete rígido que controla a posição do tórax e região lombar, ajudando na correção da deformidade da coluna. Em crianças, este dispositivo ajuda a modelar o crescimento da coluna para impedir que ocorra uma piora na curvatura apresentada. Este tipo de acompanhamento é fundamental para evitar complicações no futuro.

Outras metodologias que fazem parte do tratamento conservador para escoliose idiopática são a prática de Reeducação Postural Globalizada (RPG), fisioterapia, pilates e fortalecimento muscular. Caso o paciente sinta dor, medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios também podem ser recomendados.

Vale lembrar que, quando não devidamente acompanhada, a escoliose pode causar síndrome obstrutiva pulmonar, insuficiência cardíaca e redução da função respiratória. Em adultos, pode haver ainda uma significativa perda do equilíbrio e dos mecanismos de compensação do corpo. Além disso, há um considerável prejuízo estético ao paciente, o que pode levar ao desenvolvimento de baixa autoestima e problemas relacionados à imagem corporal.

Quando a cirurgia de escoliose é indicada?

A cirurgia definitiva geralmente não é indicada antes que o paciente tenha pelo menos 10 anos, uma vez que essa parcela da população não apresenta maturidade esquelética para a intervenção. Mesmo em idade adulta, o tratamento cirúrgico para a escoliose idiopática é recomendado em casos muito específicos, em que o especialista identificou que a operação é realmente a melhor abordagem terapêutica para as necessidades do paciente.

O tratamento cirúrgico tem como objetivo a redução da magnitude da curvatura e estabilização lateral da coluna, de maneira a corrigir a deformidade e impedir que ela continue progredindo. O resultado da operação deve ser uma coluna melhor balanceada, em que cabeça, ombros e troncos estejam centrados com a bacia.

O método de tratamento da escoliose, seja ele cirúrgico ou conservador, deve ser sempre individualizado e determinado de acordo com o grau de curvatura, a velocidade com que a deformidade está evoluindo, a idade do paciente, os desconfortos apresentados, o estado de saúde geral do indivíduo e seu estilo de vida. O ideal é que o tratamento sempre ofereça o melhor para o paciente, atendendo às suas necessidades e respeitando seu corpo.

Caso você suspeite ou tenha sido diagnosticado com escoliose idiopática e deseje entender melhor sobre a doença, além de descobrir as melhores opções de tratamento e controle, entre em contato com o Dr. Carlos Barsotti e agende uma consulta especializada.

Fontes:
Dr. Carlos Barsotti
Hip Spine Center
Sociedade Brasileira de Coluna;
Enciclopédia Pediátrica Online.

 

 

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