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Escoliose

Fotos de cirurgias reais, originais de autoria do Dr. Barsotti.

A escoliose caracteriza-se pelo desvio lateral da coluna, formando uma curvatura anormal que pode afetar tanto a região lombar, torácica ou cervical. Este tipo de desalinhamento afeta cerca de 3% da população mundial, que pode apresentar a alteração em diferentes graus e tipos, e resulta em transtornos tanto de ordem estética como funcional — causando dores e até mesmo comprometendo a função pulmonar.

Embora muitas pessoas acreditem que o problema é resultante de maus hábitos posturais, isso não é necessariamente verdade: em geral, é o desvio característico da escoliose que resulta na má postura do paciente. Isso acontece porque o desvio na coluna provoca alterações no corpo como um todo, e casos mais graves, podem limitar a mobilidade do indivíduo e reduzir o espaço do tórax em que estão os órgãos do sistema respiratório e cardíaco.

Tipos de escoliose

A escoliose é uma deformidade que pode ter diferentes características, origens e prognósticos, evoluindo de maneiras variadas de acordo com seu tipo e região vertebral afetada. A gravidade da alteração pode ser determinada a partir do grau da curvatura apresentada pela coluna, o que também ajudará na definição do tipo de tratamento necessário para garantir qualidade de vida ao paciente.

Existe diferentes graus da escoliose e levando em consideração o grau de curvatura, a escoliose pode ser classificada entre 5 níveis diferentes. São eles:

  • Até 10 graus: curva fisiológica, geralmente sem necessidade de tratamento;
  • Entre 10 a 20 graus: curva leve, já demandando a necessidade de acompanhamento especializado;
  • De 20 a 40 graus: curva moderada;
  • Mais de 40 a 45 graus: curva moderada a grave.

No que diz respeito às causas da escoliose, a alteração pode ser classificada de acordo com a origem de sua formação. Neste caso, ela pode ser dividida entre:

  • Escoliose congênita: responsável por cerca de 10% dos casos este tipo de escoliose está presente desde o nascimento, e é resultante da ocorrência de má formação ou divisão das vértebras;
  • Escoliose neuromuscular: é causada a partir de sequelas de doenças neurológicas ou musculares;
  • Escoliose idiopática: não possui causas conhecidas e apresenta características e níveis de evolução variados, sendo o tipo mais frequente de escoliose;
  • Escoliose de início precoce: caracteriza-se pelo aparecimento da curvatura em idade precoce, antes dos 10 anos;
  • Escoliose degenerativa do adulto: é causada pela degeneração de discos da coluna vertebral e de suas articulações, sendo resultante do avanço da idade.

Qual a causa?

Como foi explicado, a escoliose pode ter diferentes causas e características. A maioria dos casos, porém, é considerada de causas desconhecidas (idiopática), embora fatores genéticos possam influenciar no desenvolvimento da doença. Outras causas da alteração estão relacionadas a doenças como paralisia cerebral e poliomielite, além de má formação congênita e trauma.

Postura inadequada, sedentarismo, obesidade e prática inadequada de exercícios físicos são alguns hábitos que podem favorecer o desenvolvimento da escoliose, embora não sejam fatores decisivos para o aparecimento da curvatura. Com o aumento da expectativa de vida mundial, a tendência é que deformações de ordem degenerativa se tornem mais frequentes.

Diagnóstico: como saber se uma pessoa tem escoliose?

Os principais sinais clínicos da escoliose são visuais, e a curvatura pode ser observada por meio de assimetrias na cintura, diferença de altura dos ombros e arco costal proeminente. Em geral, os primeiros responsáveis por auxiliar no diagnóstico da alteração são os pais ou o próprio paciente, que identificam as assimetrias citadas ou percebem que a coluna parece desviar para um dos lados.

A dor não é considerada um sintoma comum da escoliose, e geralmente se manifesta em casos específicos de adultos que deixaram a deformação progredir com o tempo. Outros sinais clínicos que podem ser observados em quadros de curvatura da coluna e que acendem um alerta para o diagnóstico são:

  • Mamilos em alturas diferentes;
  • Caixa torácica que parece ser maior de um lado, em comparação ao outro;
  • Pernas aparentando ter tamanhos diferentes uma da outra;
  • Escápula pronunciada em apenas um dos lados do corpo;
  • Costelas em alturas diferentes;
  • Desconforto muscular.

Por mais que os sinais visuais apontem para a possibilidade da alteração, o diagnóstico oficial da escoliose deve ser feito por um médico ortopedista especializado em coluna, que faz um exame clínico minucioso e solicita exames de imagem para confirmar a presença do desvio. Em geral, os exames mais solicitados são a radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

A realização da radiografia é essencial mesmo para casos em que é possível perceber a curvatura visualmente, uma vez que possibilita a visualização das reais condições da coluna e grau de inclinação. Este tipo de exame também permite que o especialista identifique lesões que afetam os discos e articulações, bem como visualize possíveis luxações na região.

Como é o tratamento?

O tratamento da escoliose é sempre individualizado, e depende diretamente de fatores como a causa do problema, o grau da curvatura, a velocidade com que a deformidade está evoluindo, a idade do paciente e os desconfortos sentidos por ele. A prioridade é sempre oferecer o melhor para o paciente e atender às suas necessidades, respeitando seu corpo e suas características.

Um tratamento conservador é a primeira opção, e tem o objetivo de impedir que o transtorno continue sua evolução, além de aliviar os sintomas e recuperar as funções da coluna. As principais abordagens conservadoras consistem no uso de coletes que ajudam na manutenção da postura, além de fisioterapia e Reeducação Postural Globalizada (RPG), fortalecimento muscular e utilização de órteses ortopédicas.

Essas metodologias podem incluir, ainda, o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares para alívio da dor. A cirurgia para estabilização da coluna é recomendada para pacientes adultos e em casos muito específicos, em que a intervenção é realmente a melhor opção para as necessidades, características e qualidade de vida do paciente.

O método de tratamento mais adequado deve ser definido pelo especialista em coluna com o paciente, sempre respeitando as particularidades do indivíduo. Independentemente da abordagem adotada, o acompanhamento profissional é fundamental para evitar complicações como danos na medula, dificuldades respiratórias e problemas relacionados à autoestima.

Para saber mais sobre escoliose, entender as opções de tratamento e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com ortopedista especialista em coluna Dr. Carlos Barsotti.

Fontes:
Canal Escoliose, Coluna e Saúde – Dr. Carlos Barsotti;
Sociedade Brasileira de Coluna;
Sociedade Brasileira de Reumatologia;
ITC Vertebral.

 

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Escoliose idiopática

Considerada o tipo mais comum de escoliose, representando cerca de 80% dos casos em que a deformidade se manifesta, a escoliose idiopática é caracterizada pelo desvio lateral da coluna sem causa definida. Isso significa que não é possível identificar o fator que levou ao desenvolvimento da curvatura anormal da coluna, embora a hereditariedade seja apontada como um agente significativo.

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Fotos de cirurgias reais, originais de autoria do Dr. Barsotti.
Fotos de cirurgias reais, originais de autoria do Dr. Barsotti.

Escoliose congênita

A chamada escoliose congênita é caracterizada pela presença de uma curvatura lateral na coluna que é causada por um defeito existente desde o momento do nascimento do indivíduo. Esta é uma patologia que ocorre em apenas 1 a cada 10 mil recém-nascidos, aproximadamente, sendo que a maioria dessas crianças apresenta também outros problemas de saúde — que afetam especialmente os rins ou a bexiga.

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Escoliose de início precoce

A escoliose de início precoce é uma alteração que afeta crianças com idade inferior a 10 anos, e se caracteriza pela presença de uma curvatura lateral na coluna. Existem diferentes fatores que podem contribuir para o desenvolvimento desta alteração, e quanto mais cedo for o diagnóstico da deformidade, maiores são as chances de obter sucesso no tratamento e minimizar as consequências trazidos por este desvio na coluna.

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Fotos de cirurgias reais, originais de autoria do Dr. Barsotti.
Fotos de cirurgias reais, originais de autoria do Dr. Barsotti.

Escoliose do adulto

A escoliose do adulto é definida como a curvatura lateral da coluna vertebral em pacientes com idade acima de 18 anos. Esta é uma patologia que pode estar associada à existência de um desvio que não foi devidamente tratado durante a infância e desde então tem se desenvolvido progressivamente. Outra possibilidade é que a deformidade tenha caráter degenerativo, sendo associada ao envelhecimento do organismo.

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