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Escoliose no paciente com paralisia cerebral

Imagem ilustrativa de uma escoliose

Conheça quais são os primeiros sinais de escoliose no paciente com paralisia cerebral, como é feito o diagnóstico e as opções de tratamento da condição

Os quadros de escoliose no paciente com paralisia cerebral são relativamente comuns, sendo então chamado de escoliose neuromuscular. A escoliose consiste um desvio tridimensional da coluna vertebral, podendo acometer a região cervical, torácica ou lombar, causando uma deformidade lateral e rotacional na vértebra.

A escoliose no paciente com paralisia cerebral deve ser acompanhada periodicamente, evitando agravamento do grau da curvatura e comprometimento ainda maior da qualidade de vida.

Escoliose neuromuscular

Muitas patologias neuromusculares podem acometer o alinhamento da coluna vertebral. A escoliose em paciente com paralisia cerebral, por exemplo, está frequentemente associada à espasticidade da musculatura paravertebral, impossibilidade de o paciente sustentar o tronco ou fraqueza muscular.

Estima-se que 38% dos pacientes portadores de paralisia cerebral com preservação da mobilidade dos membros inferiores apresentam escoliose com mais de 10 graus. A curvatura superior a 40 graus, entretanto, acomete apenas 2% desses pacientes.

Já a escoliose com quadriplegia espástica é mais grave, sendo que 75% deles apresentam curvatura superior a 40 graus.

A escoliose no paciente com paralisia cerebral compromete a qualidade de vida dele, restringindo ainda mais os movimentos e a mobilidade devido à ocorrência de:

  • Dores nas costas;
  • Maior dificuldade para sentar na cadeira de rodas;
  • Maior dificuldade para andar e, em casos mais graves, perda da capacidade de caminhar quando há o agravamento da curvatura vertebral;
  • Disfunção pulmonar em decorrência de pneumonias ou bronquites recorrentes.

Apesar desses problemas, eles ocorrem quando há a progressão da escoliose no paciente com paralisia cerebral, sendo que em caso de curvatura leve (até 20 graus) não costuma haver sintomas associados.

Os primeiros indicativos de quadros de escoliose incluem a presença de assimetrias no tronco, como mamilos ou costelas em alturas diferentes, caixa torácica ou escápulas assimétricas entre os lados e pernas com comprimento, aparentemente, distintos.

Esses sinais devem ser observados pelos cuidadores ou responsáveis de crianças ou adultos com paralisia cerebral visando buscar orientação médica especializada para diagnóstico e encaminhamento do tratamento, quando necessário, para evitar complicações.

O diagnóstico da escoliose no paciente com paralisia cerebral deve ser feito pelo médico ortopedista inicialmente por meio do exame clínico, mas também com auxílio de radiografias que permitem visualizar a integridade óssea e o grau de curvatura.

Quais os tratamentos para escoliose no paciente com paralisia cerebral?

O objetivo do tratamento da escoliose no paciente com paralisia cerebral é mitigar a progressão do quadro, restaurar ou preservar os balanceamentos sagital e coronal, promover o alinhamento correto ao sentar e amenizar quadros de dores crônicas.

A indicação do tratamento vai depender das especificidades do caso, como se há presença de dor, dificuldade para sentar ou outros sintomas.

Tratamento não-cirúrgico

Existem abordagens não cirúrgicas, como o uso de colete para pacientes com curvatura abaixo de 50 graus e cadeiras adaptadas. Também podem ser realizados exercícios fisioterápicos específicos.

Entretanto, o caráter progressivo da escoliose faz com que as abordagens não-cirúrgicas tenham, frequentemente, função paliativa.

Tratamento cirúrgico

O quadro de saúde geral do paciente com paralisia cerebral, que pode incluir distúrbio nutricional, refluxo gástrico e infecções de repetição, faz com que a avaliação pré-operatória seja particularmente importante no tratamento cirúrgico da escoliose neuromuscular.

A técnica de artrodese, com fixação de duas ou mais vértebras para correção da deformidade é uma das opções cirúrgicas para tratamento, fazendo uso de instrumentos como parafusos, ganchos, fios de aço e hastes para suporte da coluna corrigida, além de enxerto ósseo para melhorar a sustentação da coluna.

A definição do tratamento mais adequado, entretanto, depende da avaliação e acompanhamento periódico com o ortopedista, especialmente em casos de escoliose no paciente com paralisia cerebral devido à tendência ao agravamento do quadro com o passar do tempo.

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Fontes:

Dr. Carlos Barsotti

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