O diagnóstico dos graus de escoliose, região acometida e origem do problema é fundamental para abordagem médica mais acertada que melhorem a qualidade de vida do paciente
Os graus de escoliose indicam qual a gravidade do caso e, consequentemente, qual o tipo de tratamento mais adequado às necessidades do paciente.
A escoliose consiste em um desvio tridimensional da coluna em decorrência da rotação da vértebra no eixo. A coluna apresenta curvas normais, chamadas de lordose e cifose, mas também pode apresentar um desvio para direita ou esquerda, sendo caracterizado como a escoliose.
Um aspecto importante é que nem sempre a condição causa dores, mas o diagnóstico dos graus de escoliose continua importante para definição do tratamento.
Graus de escoliose: quais os tipos de classificação?
Existem diferentes formas de classificação da escoliose para determinar as particularidades do caso e as necessidades de intervenção médica, podendo ser terapêutica ou até cirúrgica. Três avaliações são mais comuns: região vertebral acometida, o grau de escoliose pela curvatura e origem da condição.
Região acometida
A escoliose pode se desenvolver formando um C, com um desvio acentuado ou com a coluna em formato de S na qual existe uma curva primária e outra secundária em decorrência dos mecanismos de compensação postural da estrutura óssea.
Considerando esses aspectos, a escoliose pode ser classificada de acordo com a região acometida, como:
- Cervicotorácicos: acomete a parte superior da cervical e a média da torácica;
- Torácicos: acomete a região do meio da coluna, na parte torácica;
- Toracolombares: acomete a coluna torácica e a parte inferior na lombar;
- Lombares: acomete a região lombar;
- Lombossacrais: acomete a lombar e a parte final da coluna, chamada de sacro.
A localização da escoliose é importante para determinar qual a abordagem mais apropriada ao caso e identificar a origem do problema.
Grau de escoliose
Entre as classificações da condição estão os graus de escoliose, que vão influenciar diretamente no tratamento mais apropriado, sendo:
- 0 a 10 graus: grau mais leve e não demanda tratamento fisioterápico;
- 10 a 25 graus: grau leve, exigindo realização do tratamento fisioterápico;
- 25 a 30 graus: grau médio, grau elevado exigindo fisioterapia, e uso do colete ortopédico ou Boston 3D, S4D, Rigo Cheaneau;
- 40-45 graus: grau elevado exigindo fisioterapia, e uso do colete ortopédico ou Boston 3D, S4D, Rigo Cheaneau;
- 40-45 a 50 graus: grau mais severo, com correção apenas por cirurgia.
Apesar de o grau da escoliose ser um aspecto chave para definição do tratamento, o especialista vai considerar o conjunto de fatores do caso antes de uma indicação.
Origem da escoliose
A origem da escoliose é uma classificação importante para entender as causas do problema e garantir um tratamento mais completo que amenize os fatores que desencadearam o problema.
A escoliose funcional, ou não-estrutural, ocorre quando a estrutura da coluna é apropriada, mas fatores secundários do organismo motivaram o desalinhamento do segmento vertebral. O tratamento dessa condição envolve, geralmente, resolver o problema desencadeante que pode ser:
- Irregularidades no crescimento do osso da perna;
- Espasmos musculares;
- Compressão de raiz nervosa;
- Lesões na coluna;
- Posicionamento incorreto do tronco.
O problema também pode ser classificado como escoliose estrutural, sendo que 80% desses casos são idiopáticos, nos quais as causas não são identificadas. Trata-se de uma manifestação grave e progressiva que compromete a qualidade de vida do paciente. Esse tipo da condição pode ser devido em subcategorias, como:
- Idiopática;
- Neuromuscular;
- Congênita;
- Pós-traumática;
- Adulta;
- Paralítica;
- Lombar degenerativa.
A classificação dos graus de escoliose deve ser realizada por um médico ortopedista especializado em coluna, pois existe grande complexidade no diagnóstico e no tratamento, que podem incluir cirurgias invasivas que exigem experiência e profissionalismo.
A recomendação é procurar um médico especialista precocemente, o que garante um tratamento preventivo que minimiza as chances de abordagens mais invasivas. Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Carlos Barsotti.
Fontes:
Médico ortopedista Dr. Carlos Barsotti;
Hip Spine Center;
Sociedade Brasileira de Coluna