Saiba quais sinais os pais devem ficar atentos para saber se seu filho pode ter nascido com essa condição
A escoliose congênita em bebê é caracterizada por um desvio lateral da coluna que ocorre devido à malformação vertebral durante as fases de desenvolvimento embrionário. Ela ocorre por um defeito na anatomia da vértebra.
A escoliose congênita em bebê é uma doença rara, que atinge um a cada 10 mil recém-nascidos, aproximadamente, sendo que a maioria dessas crianças apresenta também outros problemas de saúde, que afetam especialmente os rins ou a bexiga.
Em geral, os primeiros sinais da escoliose congênita em bebê se apresentam nos primeiros dois anos, que é o período em que a coluna vertebral da criança apresenta um crescimento acelerado.
Possíveis causas da escoliose congênita em bebê
A escoliose congênita em bebê pode ter diferentes causas, mas sempre está associada a problemas na formação vertebral durante as fases do desenvolvimento embrionário. Ou seja, as malformações estão presentes antes mesmo de a criança nascer.
Tipos de escoliose congênita em bebê
As malformações congênitas da coluna são classificadas em três tipos:
- Falha de formação: quando parte da vértebra não se desenvolve, o que leva a um desvio lateral progressivo;
- Falha de segmentação: ocorre quando uma vértebra não se separa completamente da outra durante o desenvolvimento, resultando em duas ou mais vértebras coladas. Como normalmente elas ficam coladas de um lado só, o crescimento vertebral não acontece nesse pedaço, causando a curvatura da coluna;
- Defeito misto: falhas na formação e na segmentação das vértebras podem levar à escoliose congênita em bebê.
Como a escoliose congênita em bebê se apresenta
A escoliose congênita em bebê pode ser observada por meio das seguintes alterações:
- Inclinação lateral da cabeça;
- Desvio na bacia (pelve);
- Encurtamento aparente dos membros inferiores, devido ao desnível na bacia, principalmente nas curvas lombares;
- Ombros irregulares e inclinados;
- Um dos lados do quadril mais alto do que o outro;
- Em casos raros, a criança pode apresentar fraqueza, dormência ou falta de coordenação.
Na maioria dos casos, a criança com escoliose não sente dor ou qualquer desconforto na coluna, exceto em quadros mais graves.
O diagnóstico da escoliose congênita em bebê deve ser feito por um ortopedista especializado em coluna e é realizado por meio de um exame radiológico panorâmico da coluna vertebral.
Como é o tratamento da escoliose congênita em bebê
O tratamento da escoliose congênita em bebê visa impedir precocemente a piora da curvatura da coluna. Quando a criança apresenta uma curvatura considerada pequena, inicialmente a alteração deve ser apenas monitorada para garantir que o quadro não se agrave com o passar do tempo. Há casos em que as curvas de escoliose podem crescer à medida que a coluna vertebral da criança se desenvolve, fazendo com que a deformidade se torne mais perceptível com o passar dos anos.
O uso de coletes pode ser indicado para tentar fazer com que a coluna se mantenha no lugar, porém, nem sempre os resultados são eficientes no caso de escoliose congênita em bebê. O tratamento pode ainda incluir fisioterapia, uso de gesso e outras terapias individualizadas que têm o objetivo de impedir a acentuação da curvatura.
Nos casos em que a escoliose congênita em bebê se apresenta com curvas muito severas e que foram se acentuando com o passar dos anos, ou para aqueles que estão desenvolvendo um problema neurológico por causa do desvio espinhal — ou, ainda, nos casos em que a deformidade está prejudicando o bem-estar e a qualidade de vida —, a cirurgia é o tratamento mais indicado.
A escolha sobre qual a técnica mais adequada vai depender do grau de curvatura, do tipo de defeito encontrado, da velocidade de progressão e da idade da criança. O procedimento cirúrgico mais comum é a artrodese (fusão) da coluna, feita por meio da colocação de implantes metálicos e enxerto ósseo que auxiliam na correção e na manutenção da coluna na posição adequada.
O diagnóstico e o tratamento precoces da escoliose congênita em bebê são importantes porque, quando a condição não é tratada, a curvatura das vértebras tende a se acentuar.
Fontes: