A escoliose tem cura possível, e quanto mais precoce forem iniciados os cuidados, melhores as possibilidades
Muitos pacientes diagnosticados com desvio de coluna questionam se a escoliose tem cura. A condição pode apresentar-se em graus leves e pouco incômodos, mas também manifestar-se de forma mais grave, comprometendo a saúde e qualidade de vida dos pacientes.
A escoliose consiste em um desvio tridimensional da coluna, sendo possível observá-la quando o paciente está ereto e a coluna não é linear, apresentando desvios para direita ou esquerda em decorrência da rotação das vértebras. Saber se a escoliose tem cura e como é o tratamento dessa patologia, portanto, é fundamental para o encaminhamento médico adequado.
A escoliose tem cura?
É preciso destacar que a escoliose não tem cura, no entanto, um diagnóstico correto seguido de um tratamento específico às necessidades do caso permite a melhora significativa da condição e aumento da qualidade de vida do paciente.
Apesar da ausência de cura, existem diversos tratamentos possíveis para escoliose, promovendo amenização dos desvios da estrutura vertebral e também melhora dos sintomas, que podem incluir fortes dores, infecções, problemas respiratórios e emocionais e até mesmo a compressão de órgãos vitais.
Qual o tratamento mais indicado para escoliose?
A escoliose é uma condição complexa e, como tal, pode envolver condutas distintas para tratamento e amenização dos desconfortos para reverter o quadro, principalmente em casos mais leves.
Para definição do tratamento mais apropriado, o especialista considera uma série de fatores, como idade do paciente, flexibilidade, gravidade do desvio e grau da angulação. Levando essas questões em conta, a escoliose pode ser classificada em cinco graus que ajudam a determinar a abordagem médica.
Os principais tratamentos possíveis para escoliose são:
Tratamento conservador
O tratamento conservador é assim chamado porque se trata de uma abordagem paliativa para amenizar dores e desconfortos, sendo indicado, em geral, em associação com outras condutas.
Incluem-se nas técnicas usadas no tratamento conservador as práticas de Exercicios Especificos para Escoliose (Schroth)
Essa opção de tratamento não é unanime da comunidade médica e costuma ser recomendada para casos específicos, mas apenas quando um especialista determina os tipos de exercícios e cuidados realizados.
Fisioterapia
Para pacientes com grau de escoliose de 10-20 recomenda-se, geralmente, a realização de tratamento fisioterápico, com exercícios específicos para correção dos desvios vertebrais e eletroestimulação.
É fundamental que o plano de exercícios seja elaborado por um especialista, de acordo com as necessidades do paciente. A sequência também pode ser realizada em casa, conforme instruções do fisioterapeuta que deve revisar a adequação do plano periodicamente.
Colete ortopédico
Para casos de pacientes com escoliose variando entre 20 e 40-45 graus, pode ser recomendado o uso do colete ortopédico 3D (Boston 3D, Rigo Cheaneau, S4D) que deve ser usado continuamente, removendo-o apenas para banho e sessões de exercícios, conforme orientação profissional.
Existem diferentes modelos de colete que podem ser indicados de acordo com as necessidades do paciente. Em geral, as opções garantem o suporte apenas da coluna lombar, da lombar e torácica ou também da lombar, torácica e cervical.
Em quadros de grau de escoliose acima de 40-45, o colete que centraliza a coluna só é indicado para quando o tratamento cirúrgico não pode ser realizado.
Cirurgia
A cirurgia para correção da escoliose costuma ser indicada para pacientes com grau de curvatura igual ou superior a 40-45. Trata-se de uma abordagem complexa e altamente invasiva, mas necessária em casos mais graves.
O tratamento cirúrgico não é a primeira opção avaliada pelo especialista, sendo que em graus mais leves sempre serão buscados tratamentos menos invasivos para amenização do quadro.
Nos casos mais graves nos quais a cirurgia é realmente necessária, é fundamental buscar um médico cirurgião ortopedista especializado em coluna, garantindo melhores chances de resultados satisfatórios.
Apesar de muitas pessoas pensarem que a escoliose tem cura, a condição pode ser apenas controlada e amenizada, exigindo mudanças importantes nos hábitos do paciente para uma maior qualidade de vida. Entre em contato com o Dr. Carlos Barsotti e agende uma consulta para saber mais sobre o assunto.
Fontes:
Canal Escoliose, Coluna e Saúde – Dr. Carlos Barsotti;
Sociedade Brasileira de Coluna;
Sociedade Brasileira de Reumatologia.