Doença afeta crianças entre 4 e 9 anos. Diagnóstico deve ser realizado por um médico ortopedista especializado em coluna
Em condições normais, a coluna vertebral dos seres humanos é alinhada e retilínea. No entanto, algumas pessoas (cerca de 3% da população) sofrem de um encurtamento desta parte da ossatura causado por uma curvatura lateral. A este fenômeno se dá o nome de escoliose.
Quando o indivíduo tem escoliose, sua coluna faz uma curva para um dos lados, em forma de C ou S, causando-lhe problemas estéticos e de saúde. A escoliose idiopática juvenil é uma das modalidades da doença.
Ela se caracteriza pela faixa etária dos pacientes afetados pela alteração, que geralmente são bastante jovens. Em termos mais precisos, pode-se dividir a escoliose idiopática em quatro tipos:
- Escoliose idiopática infantil – se desenvolve até os 3 anos de idade;
- Escoliose idiopática juvenil – entre os 4 e 9 anos;
- Escoliose idiopática adolescente – vai dos 10 anos até a maturidade óssea;
- Escoliose idiopática em adultos – se dá a partir dos 18 anos de idade.
Ou seja, ao falarmos sobre a escoliose idiopática juvenil, estamos necessariamente falando de um gênero específico da doença, que por característica acometer crianças. Tratá-las e restituir a estas crianças a saúde óssea deve ser o principal objetivo do profissional de saúde.
Quais os sintomas da escoliose idiopática juvenil?
A observação atenta das crianças, geralmente feita por seus pais e demais responsáveis, é a melhor forma de detectar a doença. A partir de um certo ponto, a deformidade na coluna vertebral que caracteriza a escoliose idiopática juvenil torna-se visível a olho nu.
Os principais sintomas da escoliose idiopática juvenil são:
- Queixas de desconforto ou dor nas costas por parte das crianças;
- Costelas mais “saltadas” de um lado do corpo;
- Quadril mais elevado de um dos lados do corpo da criança;
- Postura corporal, como um todo, inadequada por parte da criança.
Um tratamento precoce é vital para o sucesso no combate à escoliose idiopática juvenil. Por esta razão, deve-se conduzir a criança a um médico ortopedista especializado em coluna assim que qualquer das características acima for notada.
Há cura para a doença?
A escoliose idiopática juvenil não é uma condição inescapável. Ela tem cura – e, tal como dito, quanto mais cedo for diagnosticada, mais rapidamente se poderá fazer com que o jovem ou a jovem deixe de padecer deste mal.
Pode-se começar pelo uso de coletes, os quais auxiliam na correção da coluna e na posterior manutenção de uma eventual boa postura conquistada.
Se isso, porém, não for suficiente, pode-se recorrer à cirurgia da escoliose, a qual busca corrigir a coluna do paciente via equipamentos de tração cirúrgica.
O procedimento cirúrgico no tratamento da enfermidade: prós e contras
É importante ressaltar que, geralmente, a escoliose idiopática juvenil não costuma ser tratada via cirurgia de coluna até que o paciente alcance o completo desenvolvimento esquelético.
O procedimento, mais especificamente, costuma ser levado a cabo apenas em indivíduos com mais de 10 anos de idade e que apresentam a curvatura de suas colunas em graus mais elevados, prejudicando suas atividades do dia a dia.
Por outro lado, é necessário levar em conta que as crianças costumam ser emocional e psicologicamente vulneráveis. Elas têm uma grande necessidade de aceitação por parte de seus pares — as demais crianças.
Um acompanhamento psicológico cuidadoso, somado ao amor e à dedicação por parte de seus pais e responsáveis, ajuda substancialmente para que seja possível realizar a cirurgia de correção da escoliose idiopática juvenil apenas quando isto for fisiologicamente adequado.
Antes ou depois de um tratamento cirúrgico para a escoliose idiopática juvenil, aliás, pode-se lançar mão de exercícios que combatem o problema. Um fisioterapeuta, aliado a um ortopedista, poderá prescrevê-los.
O acompanhamento no pós-operatório é de extrema importância também, para que assim tenha uma ótima recuperação da cirurgia.
O Dr. Carlos Eduardo Gonçalves Barsotti é médico especializado em ortopedia, com enfoque em cirurgias ortopédicas de alta complexidade.
Atua no tratamento de deformidades na coluna vertebral como escoliose, cifose e espondilolistese. O Dr. Barsotti é formado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e especializado em ortopedia pela mesma instituição.
Para mais dúvidas sobre esse e outros procedimentos, entre em contato e agende já sua consulta.
Fontes:
Cirurgião Ortopedista Especialista em Coluna – Dr. Carlos Barsotti;